Energisa conclui formação de 35novos programadores no Rio Pomba Valley

Comunidade

14/02/23 - 5 minutos de leitura

Energisa conclui formação de 35 novos programadores no Rio Pomba Valley

Projeto de tecnologia e inovação na Zona da Mata mineira forma sua primeira turma; até 2026, está prevista a formação de 550 novos profissionais

Energisa conclui formação de 35novos programadores no Rio Pomba Valley

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Energisa conclui formação de 35 novos programadores no Rio Pomba Valley

Projeto de tecnologia e inovação na Zona da Mata mineira forma sua primeira turma; até 2026, está prevista a formação de 550 novos profissionais

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É em Cataguases, cidade cheia de histórias para contar, que o futuro brota com um hub de educação digital e empreendedorismo chamado Rio Pomba Valley, projeto do grupo Energisa em parceria com SESI, SENAI, CNI e FIEMG, que oferece cursos na área da tecnologia da informação. O nome, que nos lembra o Silicon Valley norte-americano, região onde cresceram as grandes empresas de tecnologia do nosso tempo, não veio por acaso, e também está conectado à tradição da cidade de Cataguases de estar à frente do seu tempo. 

Nas primeiras décadas do século XX, Cataguases ficou conhecida como uma das capitais culturais do modernismo brasileiro. Podemos andar por suas ruas e praças nos encantando com painéis da pintora Djanira, como o da icônica Igreja de Santa Rita de Cássia, ou as construções de Oscar Niemeyer. Além disso, as inovações tecnológicas também estiveram presentes nesse passado da cidade. Nos anos de 1920, Cataguases foi berço do cinema nacional, com a presença marcante do cineasta Humberto Mauro, que transformou a região em um polo cinematográfico de sua época.

Nessa rica história da cidade Mineira também está a sua relação com a Energisa. O maior grupo privado do setor elétrico no Brasil cresceu junto com a cidade, que revive seus tempos áureos com o polo audiovisual da Zona da Mata, contando com patrocínios importantes da empresa com mais de R$ 6 milhões investidos em coproduções de longas, curtas metragem e filmes de animação nos últimos 4 anos.

É nesse cenário de criatividade e invenção que o Rio Pomba Valley encontrou espaço e pessoas cheias de novas ideias para usar a tecnologia em prol do meio ambiente, da cultura e da inovação.

A primeira turma do projeto realizou seus trabalhos entre julho e dezembro de 2022. Muitas ideias, experiências e trocas de saberes fervilharam tanto nos cursos de formação de desenvolvedores de front end (estrutura, design, conteúdo e desempenho) quanto nos de back end (servidor, banco de dados e aplicação). 

Um dos projetos que contempla a área de educação é o Educa RPG, uma plataforma que une jogo e estímulos educacionais. Os administradores do site alimentam um quadro de tarefas que as crianças ou adolescentes devem executar. 

– A ideia partiu dos jogos de RPG. São missões que a criança deve concluir para avançar de fase e ganhar pontos. Os responsáveis podem inventar as tarefas, como estudar para a prova de matemática ou colocar exercícios e perguntas sobre um tema. A cada missão concluída, o usuário ganha uma moeda virtual que pode ser trocada por itens dentro do jogo ou até mesmo por dinheiro real ou outros prêmios definidos pelos responsáveis – conta Gabriel Pavão, um dos desenvolvedores da plataforma.

Nascido em Cataguases, Gabriel trabalha na Energisa na área de TI e já conhecia algumas linguagens de programação, mas foi durante o curso que pode desenvolver outras habilidades. 

– Foi um processo muito colaborativo, com professores e alunos sempre trocando informações. Toda a turma acabava ajudando em todos os projetos. As aulas de inglês ajudaram muito, mas para mim o principal foi estudar mais a fundo a parte de front end dos projetos – conta o desenvolvedor, que saiu do Rio Pomba Valley com o sonho de colocar o projeto para funcionar a todo vapor. – A versão de testes já apresentou funcionalidade, mas ainda pretendemos desenvolver mais. Há uma parte importante ligada à saúde mental. Queremos abrir espaço para um diário onde os usuários possam escrever seu cotidiano na escola. Esse diário é confidencial, mas a partir da identificação de palavras-chave, um relatório pode ser gerado indicando como esse jovem tem vivido seu cotidiano escolar.

Além da educação, questões socioambientais também foram abordadas. Tema central e tratado com atenção pela Energisa, a pauta ambiental deve ser vista com mais cuidado no Brasil. Essa é a impressão de Jéssica Campos, uma das desenvolvedoras do projeto Casa das ONGs. 

– O projeto cria uma plataforma que conecta doadores aos projetos de impacto ambiental. Assim, quem quer doar pode pesquisar ONGs por região ou temática e encontrar ali a causa adequada para se tornar um apoiador – diz Jéssica.

Quando entrou no curso, Jéssica estava se formando em administração, mas hoje trabalha como estagiária na área de tecnologia da Energisa.

– O curso foi fundamental para a minha transição para a área de tecnologia. A troca de conhecimentos, o aprendizado de um verdadeiro trabalho em equipe e as noções de diferentes linguagens de programação foram experiências únicas que me deram a oportunidade de conhecer e ingressar em uma nova área de trabalho.

A plataforma desenvolvida por Jéssica e seu grupo ainda não está disponível online, mas ela nos contou um pouco de suas ideias para o futuro. 

– É um desejo colocar Casa das ONGs para funcionar de verdade, conectando as duas pontas, quem pode investir e quem sabe como agir em questões ambientais. A ideia é que a plataforma seja alimentada pelas próprias ONGs, criando um banco de dados que possa ser acessado por qualquer pessoa. Entendemos que para isso é necessário ter uma equipe de checagem dessas informações, que possa verificar de onde elas vêm e ajudar as ONGs a encontrarem seus financiadores.     

Tanto Jéssica quanto Gabriel saíram do curso capacitados, com novos aprendizados e com a esperança de que o projeto continue e que possa espalhar esse conhecimento em tecnologia pela região da Zona da Mata mineira.

– Muita gente por aqui é interessada em programação, mas nem todos têm acesso a esse conhecimento. O Rio Pomba Valley proporciona isso. Cataguases já foi um polo cinematográfico, e pode virar no futuro um polo tecnológico do país – diz Gabriel Pavão. 

– A iniciativa da Energisa tem muito potencial. A turma pôde se desenvolver no plano pessoal e profissional. A área de tecnologia possui linguagens em constante evolução, por isso é muito importante trazer pessoas para a capacitação dos profissionais e de quem quer ingressar na área. Espero que o projeto continue – conta Jéssica.

Dentre as 35 pessoas formadas, 10 já foram contratados pela própria Energisa e começam a trabalhar na empresa neste mês de fevereiro. O Rio Pomba Valley já tem novas turmas previstas e pretende capacitar um total de 550 pessoas até 2026. Com isso, vai se formando em Cataguases um ambiente perfeito para o desenvolvimento tecnológico, retomando as tradições inventivas da região.

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