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18/03/21 - 3 minutos de leitura
Engenharia precisa, com um toque feminino
Coordenadora de projeto e cadastro da Energisa em Porto Velho, Tatiane Nogueira de Sousa Frota luta pelo espaço das mulheres em um setor ainda dominado por homens
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18/03/21 - 3 minutos de leitura
Engenharia precisa, com um toque feminino
Coordenadora de projeto e cadastro da Energisa em Porto Velho, Tatiane Nogueira de Sousa Frota luta pelo espaço das mulheres em um setor ainda dominado por homens
Funcionária da Energisa, Tatiane Nogueira de Sousa Frota, de 33 anos, é coordenadora de projeto e cadastro do DCMD (Departamento de Construção e Manutenção da Distribuição) em Rondônia. Por suas mãos passam desde a elaboração de projetos da empresa até a fiscalização da execução da obra já na sua fase de conclusão.
Nesse tipo de trabalho, a presença feminina ainda é pouco representativa, mas não na equipe coordenada por Tatiane que, na posição de liderança, sempre se preocupou em criar no departamento oportunidades também para as mulheres.
Na equipe própria da Energisa comandada por Tatiane, do total de 26 colaboradores, 11 são mulheres – uma média bem acima do que se vê no setor elétrico. Além desse time, a coordenadora tem sob a sua batuta cerca de 150 colaboradores terceirizados, ligados a obras contratadas pela empresa.
Olhar atento
O DCMD é uma área muito importante na operação da Energisa. É esse departamento que executa muitos projetos de expansão de redes elétricas e do Programa Luz para Todos. Cabe ao departamento elaborar o projeto – a construção de um alimentador de energia, por exemplo – fiscalizar o cumprimento das especificações pela empresa executante tanto na parte técnica quanto contábil.
Com a conclusão do projeto, é preciso fazer o cadastro da obra dentro do sistema próprio da Energisa, que faz a conversão das especificações em números técnicos que serão usados tanto pela alta direção da empresa na sua tomada de decisão até pela Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel.
Carreira iniciada aos 21 anos
Os estudos sempre tiveram um espaço importante na vida da coordenadora do DCMD. A primeira formação foi como tecnóloga em sistemas elétricos, depois como psicológa, engenheira civil e engenheira de segurança do trabalho.
Toda a carreira de Tatiane foi construída na Energisa, desde os tempos da Eletrobras Distribuição Rondônia (antiga CERON – Centrais Elétricas de Rondônia). Recém-formada, aos 21 anos, foi aprovada no concurso público da empresa, então estatal, e começou a trabalhar como eletrotécnica. “A partir daí passei por várias funções, na liderança de processo, orçamento e controle de obras de alta tensão e gerência de planejamento, tudo relacionado a grandes obras”, recorda.
As primeiras dificuldades na carreira não demoraram muito para surgir. Jovem e mulher, Tatiane teve de aprender cedo a se impor para mostrar sua qualificação profissional.
“Deixava claro que sim, eu era nova, mas que poderia aprender. Além disso, sempre adotei uma postura mais séria para impor limites. Tive de buscar maturidade muito cedo para mostrar a todos o meu compromisso com o meu trabalho.”
Fama de “linha dura”
Apesar da experiência acumulada e de hoje não ter de lidar com as dificuldades do início da carreira, Tatiane mantém a fama de “linha dura”, especialmente na gestão de contratos com terceiros, mas sempre atenta ao clima organizacional. “Faz parte do meu trabalho acompanhar de perto para o contrato seja cumprido. Para isso, preciso ter uma gestão firme para resguardar a companhia. Mas nem por isso deixo de olhar o lado humano na gestão das pessoas”, pondera. Os colegas de departamento costumam dizer que, mesmo sendo muito firme, a coordenadora se mostra sempre atenciosa e disponível para entender as dificuldades que cada colaborador tem no trabalho e quais são as formas de facilitar essa rotina.
Hoje, depois de 12 anos na empresa, Tatiane aponta mudanças no ambiente corporativo. “Me sinto muito confortável na função porque sei que trabalho em uma empresa que trata sem diferenciação questões de igualdade de gênero, raça e orientação sexual. Por isso, para mim vale o tratamento igualitário, tanto na hora da cobrança quanto na hora do elogio”, diz a engenheira.
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