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24/02/22 - 3 minutos de leitura
Luz da dignidade
Energisa conclui última fase da primeira etapa do projeto Ilumina Pantanal
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24/02/22 - 3 minutos de leitura
Luz da dignidade
Energisa conclui última fase da primeira etapa do projeto Ilumina Pantanal
Catavento automático. Roda de vento infinito. Brisa que liga. Sopro de alívio. Talvez sejam algumas dessas (e muitas outras) as definições que passam na cabeça de uma pessoa que vê pela primeira vez um ventilador. Eletrodoméstico a princípio simples, mas que, como a palavra anuncia, depende da eletricidade para funcionar. E esse aparelho, tão popular para a maioria dos brasileiros, pôde começar a levar seu refresco a quem agora tem tomada em casa para ligar graças ao projeto Ilumina Pantanal, da Energisa, que acaba de completar sua primeira fase.
Depois de beneficiar famílias de ribeirinhos e produtores locais, o projeto – desenvolvido pela Energisa em parceria com o Ministério de Minas e Energia (MME), Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e Governo do Estado de Mato Grosso do Sul – chegou a comunidades indígenas incrustadas no Pantanal sul-mato-grossense que nunca tinham se deparado com alguns objetos, como o ventilador. É o caso da aldeia Uberaba, que até o ano passado, não possuía luz elétrica. Localizada no município de Corumbá, a 36 horas de barco da área urbana da cidade, a tribo passou a receber energia limpa e renovável proveniente de placas solares instaladas na região.
A chegada da eletricidade provocou grandes mudanças no cotidiano dos moradores, que agora não possuem apenas um ventilador para aplacar o calor, mas também iluminação para que cobras e aranhas possam ser encontradas à noite escondidas dentro das casas e geladeiras que ficam ligadas permanentemente para conservar os alimentos. O benefício foi rapidamente sentido pelo índio guató João de Souza, de 42 anos, que vive da pesca e foi o último cliente atendido pelo programa nessa fase.
– Antes eu gastava mais de R$ 500,00 em óleo diesel para manter o gerador ligado para armazenar os peixes, e agora não vou mais me preocupar com isso. Vou poder guardar e economizar – conta João. – Eu nunca pensei que fosse ter luz acesa em casa, fico emocionado com isso.

O programa, que teve sua etapa inicial concluída em fevereiro deste ano, tem como objetivo ampliar o acesso à energia elétrica contínua, limpa e renovável no Pantanal sul-mato-grossense. Ao todo, 2.167 unidades consumidoras foram beneficiadas pelo programa Ilumina Pantanal, sendo 77 famílias atendidas por rede de distribuição convencional, e 2.090 clientes por meio do SIGFI (Sistema Individual de Energia Elétrica com Fonte Intermitente), cuja fonte de energia é solar. O Grupo Energisa investiu R$ 134 milhões no programa, abrangendo os municípios de Corumbá, Aquidauana, Coxim, Ladário, Porto Murtinho, Rio Verde e Miranda.
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Para concluir a etapa das aldeias indígenas pantaneiras, funcionários da Energisa levaram 10 horas de deslocamento de lancha para chegar à região, e os equipamentos precisaram de dois dias de viagem de barco.
– Ver o sorriso no rosto das pessoas é a maior recompensa que a gente pode receber pelo nosso esforço, pelo nosso suor. Isso faz tudo valer a pena – diz Heber Selvo, coordenador do projeto.
Cacique da Aldeia Uberaba, Osvaldo Correia da Costa foi um importante apoiador do Ilumina Pantanal, dando suporte à equipe da Energisa e fazendo a ponte entre a empresa e os moradores da comunidade indígena. Uma das maiores diferenças que sentiu ao receber eletricidade foi a sensação de segurança de toda a aldeia à noite. Acostumados a usarem lanternas para enxergar algum bicho na calada da noite, os moradores, até então, ficavam dependentes de um artigo de luxo, caro, de descarte difícil e que muitas vezes fica em falta na região: pilha.
– Agora é só levantar da cama e acender a luz – orgulha-se Osvaldo. – É uma sensação de dignidade. A gente paga o imposto igual ao homem branco, mas não tinha luz, não tinha energia. Agora vai ser bem melhor de se viver.

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