Voltz: além das fronteiras

Energia 4.0

30/06/22 - 5 minutos de leitura

Voltz: além das fronteiras

Fintech do Grupo Energisa leva seu escritório para o Metaverso, unindo os 120 colaboradores espalhados pelo Brasil

Voltz: além das fronteiras

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Voltz: além das fronteiras

Fintech do Grupo Energisa leva seu escritório para o Metaverso, unindo os 120 colaboradores espalhados pelo Brasil

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Duas vezes por semana, Leonardo Calazans, morador de Nova Iguaçu, região metropolitana do Rio de Janeiro, levanta de sua estação de trabalho – adornada por um tapete personalizado, sofá para visitas e livros de fantasia –, e sai para almoçar com Cecilia Lourenço, moradora da capital do Rio, a 40 km de Leonardo, e com Bruno Sana, que vive em Aracaju (Sergipe), a nada menos que 1.825 km de distância. Não, Leonardo não tem um helicóptero ou avião particular. Também não possui fisicamente um escritório como o descrito acima. Os três interagem virtualmente no metaverso da Voltz, fintech da Energisa, da qual fazem parte. Dos encontros de seus avatares já saíram, além das brincadeiras comuns de colegas nos horários livres, soluções para questões difíceis, como o desafio dos estagiários e demandas de trabalho. 

Não é à toa que essa ferramenta hi-tech, que ainda soa para muitos como uma ideia futurista e distante, já está presente no cotidiano dos funcionários da Voltz. A empresa nasceu justamente em meio à pandemia de Covid-19, momento em que o mercado de trabalho global se viu obrigado a mandar seus funcionários para casa e fazer do home office uma realidade. Por conta disso, a fintech do Grupo Energisa possui em seu DNA a mentalidade chamada de remote-first – um modo de trabalho que privilegia a colaboração e interação à distância.

Tiago Compagnoni, co-CEO da empresa, explica que abraçar esse tipo de solução faz parte da cultura de startups como a Voltz:

– A tendência é que iniciativas como essa, que começam por necessidade ou até por brincadeira, se desdobrem em produtos e serviços para nossos clientes. Enquanto o colaborador tem uma experiência positiva e prazerosa dentro da plataforma, eles têm mais tempo e liberdade de pensamento para serem mais criativos e dinâmicos.

Durante o expediente, os avatares dos colaboradores caminham, se encontram, almoçam e fazem reuniões no escritório da Voltz – ambiente virtual criado por eles mesmos. Em seus espaços pessoais, os funcionários podem customizar sua experiência com o que se sintam mais conectados, como Leonardo, que estendeu sob os pés de seu avatar um tapete com a foto do jogador argentino Messi, ou até um criar um jardim zen, para trabalhar em meio a plantas e bonsais. Para conversar com um parceiro de trabalho, basta se aproximar do avatar alheio que uma câmera se abre e o diálogo pode começar. Em salas de reunião, por exemplo, assim que o avatar adentra o recinto, passa a receber o áudio e o vídeo do que ali está sendo apresentado. 

– Ficou mais fácil abrir uma comunicação, compartilhar tela de trabalho, ajudar, ensinar, montar reuniões, tirar dúvidas, enfim… Existem muitas ferramentas interativas. Podemos juntos criar esboços, usar quadros, criar painéis de avisos etc. E além de tudo, personalizar nosso escritório e a nossa baia como quisermos – explica Vitor Braz, tech lead e desenvolvedor na squad de antecipação da Voltz.

Arraiá da Voltz no metaverso

A construção do metaverso da Voltz aconteceu por meio da ferramenta Gather, plataforma que mistura formas de comunicação por telepresença tradicionais, como o Zoom ou o Teams, e elementos de conversa online em partidas de videogame. Espalhados em 37 cidades de 12 estados brasileiros, os mais de 120 colaboradores do time da fintech viu na ferramenta uma solução para aumentar a interação – a princípio impedida pelas barreiras geográficas – de forma criativa e melhorar ainda mais a experiência do cotidiano de trabalho.

O sucesso foi tão grande que a ideia acabou adotada pela empresa como modelo de gestão e aumento de produtividade. Hoje, o recurso é utilizado por quase todos os funcionários da empresa, que tem 100% de seus colaboradores em sistema remoto (embora possua escritórios em Brasília, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro). 

– O mais interessante é que não foi uma imposição da empresa, foi uma iniciativa dos próprios times que buscavam meios de tornar mais presentes e fluidas suas interações, mesmo à distância. Como aumenta a produtividade, com segurança e autonomia, e aproxima quem está longe de quem está mais perto de nossos escritórios físicos, abraçamos juntos a ideia – conta Daniel Orlean, co-CEO da Voltz.

Mais do que simples diversão, a Voltz viu a comunicação entre os colaboradores aumentar exponencialmente a ponto de já apresentar a empresa para clientes diretamente de seu escritório no metaverso. Foi por meio da ferramenta que o time desenvolveu e evoluiu produtos como Empréstimo Pessoa Física, Antecipação de Fornecedores e Adimplência.

Segundo Vitoria Pacheco, UX designer da empresa e moradora do estado do Rio Grande do Sul, uma das experiências mais interessantes com o metaverso foi a apresentação de um projeto feito pelos estagiários da fintech para todos os colaboradores no ambiente virtual: 

– A apresentação consistiu na replicação de telas de Jokenpo (o jogo "pedra, papel, tesoura") exibidas no Figma e que foram transformadas em um website. O objetivo era mostrar o jogo funcionando de forma que pudesse ser visualizado e jogado em diferentes dispositivos. Era um exercício de autonomia e criatividade que foi orientado por outros desenvolvedores da Voltz.

A finalização do exercício transformou-se em uma apresentação divertida feita através do metaverso no Gather, onde todos aqueles que estivessem livres poderiam entrar na sala de reuniões do espaço e participar. Não só como espectador, mas também como usuário-teste do website desenvolvido pelos estagiários.  

Recurso que permite encurtar e até abolir barreiras físicas, o metaverso da Voltz vem ajudando não apenas na comunicação e otimização da produção, como no bem-estar emocional da equipe, proporcionando uma real sensação de pertencimento e coletividade.

 – A ferramenta ajudou nas mais variadas frentes, e contribuiu principalmente na união do time, já que todos moramos longe e não temos contato pessoalmente durante o ano todo. Essa facilidade de aproximação fez com que a equipe se conhecesse melhor – relata Vitor Braz. – Nos deu a leveza do sentimento de estarmos próximos aos nossos amigos, conhecê-los melhor e batermos papo enquanto estamos trabalhando. Ajuda também a não nos sentirmos sozinhos, pois nos dá a sensação de que de fato estamos no escritório e temos sempre um companheiro quando precisamos dele.

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